quarta-feira, 30 de novembro de 2011

RECANTO (Valada do Ribatejo)

MESTRE MANUEL PIRES FONTES ( Ortiga )


Lembro-me  da  conversa havida à janela que parecia fixar como o visor de uma câmara fotográfica uma paisagem campestre de luz...

E da parede almofadada, com notícias recortadas de jornais, quadras de rimas redondas, e  fotos em número bastante inferior ao de emblemas azuis dos dragões…

Porém, a maior atracção não se encontrava naquela literatura parietal mas, sim, em cima dos joelhos do mestre: 


aquele picareto miniatural, feito por si,  e tão à imagem das embarcações a sério!

MARÉ VAZA ( Ponta dos Corvos )

SALGUEIROS ( Chamusca )



Ao que dizem , aliviam dores e atacam febres. 


No solstício de verão, servem ainda as suas folhas para decorar as portas das casas chinesas, enquanto os vimes continuam a ser empregues pelos nossos avieiros para o fabrico de nassas… 


Tendo-se prestado á celebração da Deusa Juno, por que não hão-de servir,  igualmente,  à fotografia?

terça-feira, 29 de novembro de 2011


Nada aconteceu por acaso. O que fiz, foi esperar que uma gaivota do O´Neil  timbrasse as suas asas como um par de baquetas numa bateria. 

Por mais que a audição se perca, nunca mais deixarei de ouvir a sua música!


Nunca será o Tejo do momento presente, mas do passado.

Um leito de água obturado numa fracção de segundo a partir de uma e outra margem.

Um rio fraccionado por um clique. Estudado ou instintivo. E sempre perseguido pela fusão de duas sensibilidades: a da câmara e a do corpo.

O que foi? O que passou!...

Eis o único tempo destes fotografares!

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