domingo, 5 de abril de 2015

E a cada página folheada



                     Ao amigo e colega de trabalho, Rui Fabião: imagem e texto.



E a cada página folheada, um morto e outro e outro morto. Uma sucessão quase imparável, interrompida apenas quando a foto é de uma criança, jovem mulher ou homem, e que hoje estão bem, mal, assim assim na vida.

Mas estes, os vivos, contam-se pelos dedos, que os retratos tirados há cerca de uma década foram quase todos a velhos, bem mais numerosos na aldeia. Muito mais.

E penso como se nunca tivesse pensado antes: a morte não tem fim. Está sempre em marcha e vem aí....

Depois, fecho o livro de fotografias, abandonando-o sobre a mesa, com a contracapa voltada para o teto da casa.  E despeço-me: Adeus!


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