terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SALTO DEL GITANO ( Monfrague)



O salto do Gitano faz parar qualquer um. Não apenas para contemplar os penhascos rochosos por entre os quais corre o Tago mas, sobretudo, pelas aves que os sobrevoam, enquanto são fixadas pelas óticas dos binóculos ou das câmaras fotográficas.

Segundo os ornitólogos, pretas é designação que tanto se aplica a certas cegonhas como a determinados abutres, havendo a acrescentar a estas espécies, outras como as águias rafeiras e as reais, comprovando-se mais uma vez aqui o espírito classista da naturaleza… 

Ao que dizem, bufos e grifos também se entregam a repetidas circum-navegações em torno daquelas fragas abruptas, quando não apontam para os matagais circundantes em busca de uma refeição que rasteje ou salte por entre as estevas e as urzes…

Embora sensível à observação prestada àqueles ovíparos alados, por preferir a visão horizontal do mundo à do nariz apontado para o céu, acabei por verter a minha atenção sobre o que julgo ser uma  gineta de recente geração selvagem, acariciada ao colo por uma jovem mulher. 

Para minha surpresa: que nem um bichano doméstico ou uma barbie!

( PS: Recusou ser fotografada)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

( Frias de Albarracim)


PESCA AO LAGOSTIM ( Via Velha de Ródão)


Com o Brenardo e a garrafa de água dentro de água, atada por um fio à embarcação.

Quanto aos lagostins, hão de ir para Espanha.

Mais dia, menos dia!

Cais do Sodré

APANHADOR DE MINHOCAS ( Praça do Comércio)

 
Antes da apanha de fotos, eu ia ocupando o tempo  que me restava da hora do almoço, com outra recoleção:

a de qualquer  fragmento que tivesse sido arrastado pela corrente até aqui:

Fosse fenício, romano ou árabe!

De vidro, de  cerâmica ou de metal !

Ou uma simples lâmina de pedra conservando as marcas do  seu uso milenar!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sítio das Hortas



Depois de corresponder às proclamadas regras aplicadas à captação de uma paisagem, não tardarei em  subvertê-las!



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PONTE VASCO DA GAMA

 






Praia do Rosário ( Moita)

LISBOA



Segundo a crónica, Moisés  teria  aberto as águas do mar Vermelho para facilitar a fuga dos judeus  perseguidos pelos egípcios. 

Se o obstáculo a ultrapassar fosse o Tejo  -  como a foto o documenta - bem que o  velho patriarca poderia ter caminhado sobre as águas….

AO BANHO ( Montijo )

PEGA ( Rosário)



O touro era anorético, e o ucraniano pensou:

“Ora, não passa de um bode”

E foi-se a ele, repelindo os camaradas que intentaram, sem sucesso,  demovê-lo de tal intento.

Num ápice, aquele boi terceiro mundista acabou por arremessar, à cornada, o nosso eslavo para debaixo do palanque destinado à actuação um grupo folclórico da região e onde eu me encontrava de câmara em punho para a"reportagem"…

Em pouco tempo, a toque de sirene, o nosso afoito Sansão acabou por ser levado ao hospital, sem camisa, poucas calças e  não sei quantas  vértebras fraturadas.

Apesar de não ter sido capaz de captar uma muda imagem do acontecimento,  guardo o registo sonoro do corpo do nosso pegador contra os toros de madeira que sustentavam o improvisado palco.

Mais tarde ou mais cedo, é provável que venha a evocar outros traumas decorrentes das andanças de um fotógrafo à beira Tejo!



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

(Trafaria)

(Samouco)



VESTÍGIOS... ( Alcochete)


Ter-me-á persuadido alguém que estas  pedras envoltas em algas e limos são meros  vestígios de um antigo cais! 

Ou aquele alguém não passará de uma falsa personagem por mim imaginada em sonhos? 

O desconforto dos juízos inconclusivos!

SERES VEGETAIS ( Ponta dos Corvos)



MY FRIEND ( Cais do Sodré)



É aquele anzol, isco e fio. E chumbada - não pode ser outra. E arremesso, tão capaz de picar uma leve gaivota no ar arrastando-a até aos seus pés, como um pesado  cacilheiro de ferro, sulcando as águas. 


E são, também, os mirones, atrás do nosso my friend, com os olhos fixos nas voltas do carreto, no impulso dado ao arremesso, sempre presos à expectativa de um esticão: 


para puxar um robalo no tempo do robalo; um  espalmado linguado do fundo ou uma outra espécie para embeber em azeite, grelhar em carvão ou ferver em água.

Tudo menos uma tainha! Salvo nos longos  dias de desespero!

( Barreiro)






sábado, 3 de dezembro de 2011

(Arripiado)


Nem sei se deva partilhar a apreciação que esta imagem suscitou a certa amiga:

"É tão romântica!  Agora, imagina como ficaria a cores! “

Fosse responder-lhe  com o que  me passou pela cabeça:

“ Também gosto muito de arroz de pato. Mas como a tia Amélia  o fazia, nunca encontrei ninguém”

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

TRAVESSIA (Tancos - Arripiado)


Eis chegada a hora de atar as mãos ao leme. De soltar a embarcação em demanda de outro cais. E de outro nome. Para o tatuar na proa.

DIA DA MARINHA DO TEJO (Cais das Colunas)


Hoje já não posso dar-me ao luxo de sair apenas quando há nuvens.  

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