O touro era anorético, e o ucraniano pensou:
“Ora, não passa de um bode”
E foi-se a ele, repelindo os camaradas que intentaram, sem sucesso, demovê-lo de tal intento.
Num ápice, aquele boi terceiro mundista acabou por arremessar, à cornada, o nosso eslavo para debaixo do palanque destinado à actuação um grupo folclórico da região e onde eu me encontrava de câmara em punho para a"reportagem"…
Em pouco tempo, a toque de sirene, o nosso afoito Sansão acabou por ser levado ao hospital, sem camisa, poucas calças e não sei quantas vértebras fraturadas.
Apesar de não ter sido capaz de captar uma muda imagem do acontecimento, guardo o registo sonoro do corpo do nosso pegador contra os toros de madeira que sustentavam o improvisado palco.
Mais tarde ou mais cedo, é provável que venha a evocar outros traumas decorrentes das andanças de um fotógrafo à beira Tejo!
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