Logo após o último sopro de vida, haveriam de ser arrastados pelo ar fora como flocos de neve, pequenas pedras de algodão ou micro planetas, levíssimos, a não excederem, na sua maioria, o tamanho de uma mão.
E nos confins dos
céus - quem sabe? - talvez até seja verosimel a existência de um
lugar próprio, para acolher as diversas espécies de aves, acaso não
ficassem a gravitar pela atmosfera, incólumes, como que congeladas
para todo o sempre.
Fosse como fosse,
o certo é que as aves desapareciam da vida, de uma forma bem
distinta de nós, homens, lobos, cães, qualquer outro animal, da
selva, de rua ou doméstico, evitando expor a morte como nós o
fazemos, cruamente, ao olhar de quem vê.
Uma morte sem
rasto de si, ou tão só a troca deste mundo por outro, que não o
nosso!
Sem comentários:
Enviar um comentário