Por entre o intervalo das persianas quase corridas, os
feixes de luz projectando-se numa das paredes nuas do quarto de um segundo
andar.
Fotografia ou, mercê do movimento, cinema, com as
viaturas ligeiras e autocarros trepando e descendo pela calçada de Carriche, sem
faltarem os apitos das buzinas e as
estridentes sirenes das ambulâncias.
De qualquer modo, objectos tão reais como a realidade
exterior, embora sem cor, e com o trânsito virado do avesso.
Como se a minha rua, ao deslizar pela parede do meu
quarto, não passasse de uma série de metafóricas imagens do mundo que me cerca.
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