Por alguns instantes, sento-me na cadeira e fico a ver
o rio. Ou antes: as coisas sem as quais, o Tejo sequer nome algum teria: uma
embarcação à vela, uma gaivota que já voou; um pescador à linha, uma criança…
(Quase sempre, fixo a minha atenção apenas numa
unidade, seja de que grupo for, para evitar a confusão que há no ser de mais.)
Mas dizia… uma criança como a que passa quase
despercebida na imagem, brincando com a areia, sem mais nada que lhe
pertença.
Vista da cadeira onde me sento, chego a imaginá-la,
enquanto a fotografo, ser eu próprio o fotografado:
ao pé do rio, brincando com a areia, sem mais nada que
lhe pertença, afinal, como as coisas que a cercam, também ela a dar nome ao
rio!
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