Nem sempre a questão está na oferta do buquê, mas na atenção que a florista dedicou ao seu arranjo! Neste caso, à fotografia. |
de renato monteiro © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Fotos e textos estão protegidos por lei, pelo que é expressamente proibida cópia, utilização, modificação, venda, publicação, distribuição ou qualquer outro uso, total ou parcial, comercial ou não, sem prévia autorização do autor.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
BUQUÊ À BORDA DE ÁGUA (Benfica do Ribatejo)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
EXTRAÇÃO DE INERTES (Crescido)
Em vez de uma pepita aurífera ou de um cristalino e já lapidado diamante, o achado de um peso de rede, em cerâmica, com duas perfurações que me fixam, quais olhos atentos ao que farei com ele!
Então, interrogo-me: será que devo devolver-te à corrente da água, num amplo arremesso? Abandonar-te nestes estratos de cascalho e areia? Ou tornar-te num objecto tão pessoal como uma agenda, um anel ou um relógio?
Optando pela última hipótese, acabei por ampliar mais ainda o leque de perguntas sobre a peça encontrada, que passou a gozar do privilégio apenas concedido até agora ao teu retrato, colocado na minha escrivaninha.
Entretanto:quem saberá determinar-te a idade? A que malhas de rede te aparelhaste? E que oleiro te modelou e cozeu, antes de servires nas artes da pesca?
À PESCA... (Cais do Sodré)
E estava o homem à pesca, com uma cabeça azul de peixe-espada, quando deu pelo camaroeiro pesar a chumbo! Aí, fez dois pontos de espanto com as sobrancelhas, e puxou morosamente o aparelho. Podia lá ser: uma arma! Não das barracas de vai um tirinho , ó freguês, sequer de alarme para espantar pardais mas, a sério! E logo alguém, como se tivesse mordido a cena do alto e descido, de repente, em pára-quedas, pergunta ao homem: “Dispara?” “Não sei!” |
RÍO TAjO
PALHOTA
domingo, 29 de janeiro de 2012
O NEGRÃO ( Vila Franca de Xira)
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
VILA VELHA DE RÓDÃO
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
VILA FRANCA DE XIRA
FOZ DO CIFUENTES
sábado, 21 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
( Vila Nova da Barquinha)
Nunca viu as águas tão espreguiçadas como agora. Nem a correrem tão no fundo… Antigamente, não: chegavam ao que é hoje o lugar da sua horta continuando a trepar até à rua da Barca onde se situava o Cais do Vapor.
E era a partir desse ponto que zarpavam os batelões para Lisboa sem a gente alguma vez os ver.
Não porque estivéssemos a dormir. Mas porque a pilha de fardos de cortiça era tão alta e pesada, que não havia, proa, ré, nada de embarcação alguma que, de tão rebaixada, se mostrasse a navegar pelo rio abaixo…
Trabalho de varinos, já se vê! E não de cagaréus, aguardando pelos lances ao sável no breu da noite...
ESTENDAL ( Vila Franca de Xira)
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
SÍTIO DA HORTA
Direi mesmo que, no caso da sua ausência for plena, só o será aparentemente, uma vez que sempre saberei perscrutar a sua respiração:
menos ofegante que a minha nas incursões que faço pela borda da água.
domingo, 15 de janeiro de 2012
SENHORA DA SOLEDADE ( Arrentela)
CAIS DAS COLUNAS
Ele é o Paco, por alcunha o Anão, o galego, que chegou a ser contratado por uma equipa de basebol na Malásia; o rufia do cigano a impingir pedras de eucalipto dissolvido em lama tudo triturado pela dentuça de ouro do seu patriarca; a Gertrudes que, em findando o lacrimoso peditório à porta Santa Engrácia, logo vem espalmar-se como um sáurio ao sol nas pedras do Cais.
Ele é o Mamadu, que fez a mesma guerra do que eu, cantarolando uns blues acompanhados por umas batucadas com a sua muleta de DFA ; ele é o Bósnio, o guitarrista que me convidou para fazer uma reportagem no seu dia de núpcias acaso viesse a casar, e não casou; ele é o caboverdiano, a gingar com o andamento de uma coladeira, e a boina à Alves Redol dos Avieiros.
E ele é o sem abrigo, agarrado às calças para não baixarem para além dos joelhos, e a Fafá da Linha, a repetir-me certa pergunta que só a mim diz respeito…
E são, depois, os camones a fazerem turismo da classe média-baixa e baixa; os bêbados a enfrascarem-se de tinto e Tejo; os reformados à pesca de mais um por de sol para somar às poucas folhas que sobram na sua agenda de vida; e os engatatões, ao fim da tarde, por uma noite; os mirones com as mãos enfiadas nos bolsos; os pares enchendo o cais de promessas de amor insalivadas de beijos; os fotógrafos amadores e assim-assim, todos digitais, salvo os que excepcionalmente pararam no tempo dos 35 mms.
Todos meus amigos ou a caminho disso, salvo o facho com a sua gabardine de sempre, azul e adourada com botões metálicos da Armada, a bandeira nacional na lapela, a dar pão diariamente às gaivotas que não fazem a mínima ideia do traste que ele é…
Até eu sou amigo de mim mesmo:
quando distraidamente me sento à borda de água, a coçar-me do formigueiro de uma noite mal dormida e das fotos que tiro. Ou quer devia ter tirado.
quando distraidamente me sento à borda de água, a coçar-me do formigueiro de uma noite mal dormida e das fotos que tiro. Ou quer devia ter tirado.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
OUTROS SERES ( Alcochete?)
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
JÚLIA MARGARIDA GUERRA
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
JOAQUIM ELIAS PERICLE
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
CASTELO DO ALMOUROL ( Praia do Ribatejo )
Zarpa-se até uma ilha situada a pouco mais do que duas braçadas de uma e outra margem do Tejo.
Após um brevíssimo instante, eis-nos em terra, havendo a partir daí que aceder às portas do castelo iniciando uma pequena marcha.
Em lá chegando, e acaso tenha horror ao vazio, o que fazer? Talvez imaginando-o ocupado com algumas figuras de antanho:
Legionários romanos asfixiados nos seus elmos; robustos visigodos ostentando adornadas bainhas a ouro e pedrarias; gente mourisca com turbantes, dentes e cavalos brancos…
Se a visita ocorrer durante o pino do verão, talvez possa mesmo aprofundar mais ainda os seus dotes visionários, surpreendendo Afonso Henriques na implementação de novas medidas, como a do aumento das cobranças de portagem sobre produtos e pessoas, com destino a montante ou jusante da fortificação...
Mas se à tentativa de ressurreição destas figuras, continuar a sentir-se incapaz de idealizar aquele espaço com algum recheio e vida interior, o que fazer de novo ?
Talvez, ao sair por onde entrou, cantarolar a letrita do Vinícius de Moraes evocando certa casa muito engraçada que "não tinha teto, não tinha nada”
PEIXEIRAS CABOVERDIANAS ( Cais do Sodré)
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
PESCA À CANA ( Alcântara)
Subscrever:
Mensagens (Atom)