Vive a dois, três remos do rio e é à noite que melhor ouve o rumor das águas bem como o do salgueiro plantado por si.
Mas também o ranger do cabo que prende a sua velha embarcação, com os nomes dos dois netos colados à proa, alternado com outros sons antiquíssimos:
como o varejar das oliveiras quando tinha dez anos, a trabalhar com o pai, um vieirense, também ele incapaz de adormecer sem antes ouvir o restolhar da corrente e das ramagens...
Não fosse toda a "auga" galgar para outras bandas distantes ou abrir uma cratera e esgueirar-se pelas entranhas profundas da terra.
Para nunca mais ser visto.
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