Nunca viu as águas tão espreguiçadas como agora. Nem a correrem tão no fundo… Antigamente, não: chegavam ao que é hoje o lugar da sua horta continuando a trepar até à rua da Barca onde se situava o Cais do Vapor.
E era a partir desse ponto que zarpavam os batelões para Lisboa sem a gente alguma vez os ver.
Não porque estivéssemos a dormir. Mas porque a pilha de fardos de cortiça era tão alta e pesada, que não havia, proa, ré, nada de embarcação alguma que, de tão rebaixada, se mostrasse a navegar pelo rio abaixo…
Trabalho de varinos, já se vê! E não de cagaréus, aguardando pelos lances ao sável no breu da noite...
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