Tejar

Tejar!

TRAVESSIA

Antevendo que beberia um café, ofereceu-lhe um. Ao agradecimento, acrescentou: " Hoje só digo obrigado às pessoas!" Pouco depois, levantou-se sem ruído, talvez para se fazer ouvir: " Soube-me muito bem!" 

Por mais que olhasse em volta , não conseguia localizar a proveniência daquele cheiro, ainda mais nauseabundo que o do óleo de fígado de bacalhau. A certa altura, chegou mesmo a admitir que aquele odor não passasse, afinal, de pura imaginação sua. A explicação, porém, não haveria de tardar, ao lembrar-se do frasco de perfume ofertado pela Adélia e que ele enfiara num bolso. Pelos vistos, desarrolhado!

Ninguém como o comandante para pôr em causa a cena do “ mostrengo que está no fim do mar” e que numa “ noite de breu ergueu-se a voar”.

Ora, também ele tinha experimentado aquela alucinação. Exatamente ao partilhar uma garrafa de gim com Nikita, uma velha amiga. 

Procuro a mesa central para nada me escapar. Mas ao cabo de uma hora, a expectativa desfaz-se, acabando por abandonar a esplanada como a encontrei: plenamente vazia!