sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Praia de Água Doce -3



Moinho de Maré





         
               1  2
                    1  2
                        2  1
                            2 1
                               1 2 3
                                     3 2 1
                                                                          Diz se me ouves

           água   mar
                         água  mar
                                      mar   água
                                                    mar   água
                                                                  água  mar  terra
                                                                                        terra   mar   água
                                                                                                                                                                                                             Escuto


7/7/82

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

E de novo o revejo a pedalar




E de novo o revejo a pedalar na velha bicicleta com o fito de chegar à embarcação, desatá-la de um tronco e meter-se nela, pelo gelo do rio acima, mesmo antes  do nevoeiro ter-se dissipado de todo.

Depois, seguem-se os gestos repetidos desde há muito: o empunhar da vara como uma lança para a cravar no fundo; o vai e vem fatigado dos remos; o levantar de uma e outra nassa de salgueiro, que pouco mais dá que meia dúzia de pequenas bogas e fataças...

Finalmente, a ida à praça com a tão fraca pescaria, que rara ou nenhuma procura tem  por não ser enguia, sável ou lampreia; sequer  peixe do mar,  mais apreciado  que qualquer outro de água doce. 

E menos  cotado ainda  que o imprevisto achado daquela  boneca, depositada  pelas últimas cheias  num banco de areia,  que o velho pescador por breves instantes  aconchega no peito.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Fernando Dâmaso


Ponte Vasco da Gama


A cerca de 80 à hora, com uma mão a agarrar o volante e outra a câmara disparo às cegas, enquanto penso na busca infatigável de  uma pepita de ouro repescada no rio Ocreza.  Sim: fotógrafos há que são como obstinados garimpeiros!



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pauta Musical



Logo após o último sopro de vida, haveriam de ser arrastados pelo ar fora como flocos de neve, pequenas pedras de algodão ou micro planetas, levíssimos, a não excederem, na sua maioria, o tamanho de uma mão.

E nos confins dos céus - quem sabe? - talvez até seja verosimel a existência de um lugar próprio, para acolher as diversas espécies de aves, acaso não ficassem a gravitar pela atmosfera, incólumes, como que congeladas para todo o sempre.

Fosse como fosse, o certo é que as aves desapareciam da vida, de uma forma bem distinta de nós, homens, lobos, cães, qualquer outro animal, da selva, de rua ou doméstico, evitando expor a morte como  nós o fazemos, cruamente, ao olhar de quem vê.

Uma morte sem rasto de si, ou tão só a troca deste mundo por outro, que não o nosso!











quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Garça ( ? )



Para além de não confundir uma caçadeira com uma câmara fotográfica, não faz parte da nossa dieta alimentar.

Seja por que for, mostrou-se a mais tolerante entre as demais, relativamente aos passos de aproximação.



Quem logo tomou a dianteira




Quem  tomou logo a dianteira, pouco após o sinal de largada da regata, foi a fragata Margarida, seguida pelo Gaivota, o bote do Seixal, ligeiramente adiantado em relação ao varino Faísca.

Quanto ao último barco, a atingir a linha de chegada na sala de jantar, é que eu levanto dúvidas: terá sido a canoa dos pescadores do cerco, a Lobo do Mar, do Montijo, ou o Aurora, o bote da Moita?

Certo é que todas estas embarcações construídas pelas mãos do Mestre Luís Raimão acabaram a prova, havendo a salientar o elevado espírito desportivo manifestado por  todas as equipas participantes.








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