quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pauta Musical



Logo após o último sopro de vida, haveriam de ser arrastados pelo ar fora como flocos de neve, pequenas pedras de algodão ou micro planetas, levíssimos, a não excederem, na sua maioria, o tamanho de uma mão.

E nos confins dos céus - quem sabe? - talvez até seja verosimel a existência de um lugar próprio, para acolher as diversas espécies de aves, acaso não ficassem a gravitar pela atmosfera, incólumes, como que congeladas para todo o sempre.

Fosse como fosse, o certo é que as aves desapareciam da vida, de uma forma bem distinta de nós, homens, lobos, cães, qualquer outro animal, da selva, de rua ou doméstico, evitando expor a morte como  nós o fazemos, cruamente, ao olhar de quem vê.

Uma morte sem rasto de si, ou tão só a troca deste mundo por outro, que não o nosso!











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