segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

PESCA À CANA ( Alcântara)



A pesca à cana deixa-me como num apeadeiro à espera do  comboio que só chega no dia seguinte. E o desassossego cresce tanto mais quanto a bóia desce e sobe, num falso alarme de haver peixe, ou a ponta da cana verga apenas por acção de um sopro de ar…

Pescar, sim, mas a meu gosto:

à câmara, com o olho esborrachado contra o visor, carreto próprio para 35 mms.,  sem óculos de sol e camaroeiro, aceitando fazer, de quando em quando, uns curtos lançamentos com chumbadas de pixels e com um disparador que, de tão silencioso,  parece ter sido feito de algodão… 

Quanto aos resultados conseguidos com as minhas artes, não asseguro, porém,  que sejam mais profícuos que os obtidos graças às mordeduras no anzol…

Mas sobre isto, hei-de falar um dia!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Número total de visualizações de páginas