sábado, 29 de dezembro de 2012

Doca do Poço do Bispo


Que lembre, herdara da velha tia o gosto pelos demorados passeios fluviais, as barricas de ovos, a lua cheia e as cançonetas francesas.

Mas também as diabetes, doação que não percebia, sobretudo quando considerava o cumprimento que dera aos pedidos feitos por ela para os ritos de enterramento:

a deposição exclusiva de rosas brancas na campa; um pensamento, ainda que fugaz, sobre o tempo de quando era nova; nenhuma lágrima e,  à revelia do hábito, duas voltas ao largo da vila, no  carro funerário, antes de a encaminharem para a última morada.



3 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  2. Caro Luís.

    Eu que estou agradecido! Entretanto, cheguei a supor ter perdido o rolo, com uma boa parte das fotos feitas no Cais da Matinha e no Poço do Bispo, o que me deixou bastante aborrecido, sobretudo, pelo facto de não poder cumprir o que prometera… Felizmente que a película acabou por aparecer dentro da viatura: tinha saltado do bolso!

    Devo esclarecer que o texto acompanhando o retrato não pode ser mais inadequado. Na verdade, a maior parte das vezes, as minhas pequenas prosas nada têm a ver com as fotos… ou a ligação entre elas é tão remota que passam por estar de costas voltadas entre si.

    E, também, perdi o papelucho onde tinha apontado o nome que me deu. Se mo indicar, de novo, sei como lá chegar…

    Com um abraço, e as melhores entradas!

    Renato

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  3. Caro Luís.

    Inadvertidamente, acabei de eliminar, mesmo agora, o comentário que fez pelo que peço desculpa. Sem copos, é provável que os efeitos da noite de ontem ainda se façam sentir...

    Renato

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