quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Marginal de Lisboa




Rebobinou o filme sonhado naquela noite, seleccionando  uma das suas imagens: a mais surpreendente de todas. Depois, com  um cabo USB, logo tratou de a transferir para uma nova pasta no computador.

A partir daí, servindo-se de um programa próprio, começou  a expurgar morosamente da imagem todos os elementos considerados inúteis ou excessivos, bem como a proceder a uma detalhada acção de limpeza. Mas não só.

Também a reenquadrá-la a seu gosto, acentuando-lhe o contraste, a densidade das cores, o brilho, até  acabar por  imprimi-la, em papel de médio formato, mate, por forma a não lhe agredir os  olhos.

E tão hilariante se mostrou com o resultado obtido que, de imediato, pendurou a imagem na parede do seu quarto, não sem antes a assinar para todo o sempre, com uma convicção:

por muitas fotos que venha a fazer, nenhuma será capaz  de se equiparar à fantasia deslumbrante daquela sonhada imagem.



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